SPFW: 2º dia - PARTE 1

Raia de Goye

O jardim de um casarão no Jardim Europa foi o cenário do desfile de Raia de Goye, já que a prefeitura de São Paulo não permitiu que o desfile ocorresse na rua. A inspiração foi uma mulher guerreira, uma índia nativa norte-americana.

Mas o que se viu foi uma coleção glamurosa, de uma mulher que é viajada e acostumada com as melhores marcas. Silhuetas variadas, extremamente longas ou curtas, volumes, cintura mais solta.

Destaques para as golas grandes, para o trançado de "crinas" nos vestidos, e plissados que criam a impressão de escamas. Cores rústicas para a coleção, já que é uma mulher selvagem: os tons de terra, areia, gelo (dando espaço também para o roxo, preto, azul).

Profusão de decotes retos em V e recortes geométricos nos vestidos completam o visual dessa mulher que cultiva a natureza, mas é e sabe ser urbana.

A top Raica de Oliveira desfilou para a Raia de Goye.


Patricia Vieira

Quem associa couro ao universo country e caipira pode levar um choque ao ver o que a estilista Patricia Vieira pode fazer e criar com esse material.

O desfile traz uma mulher versátil, pronta para sair a qualquer hora do dia. Misturando o ar artesanal de franja e peças curtidas, com a tecnologia da fusão de seda pura, xadrez e o couro, entre outras.

Chique e elegante, sem ares de dominatrix e fetichista. Uma mulher segura de si, que usa muito preto, vermelho e tons de verde, além de brilhos. Peças como casacos, saias, camisas dão ao couro uma leitura de leveza nunca antes pensada.

Vale lembrar que a estilista só usa couro de ovelha e cabra de animais que sofrerão abate para o consumo de carne também. Uma lição de ecologia.


Ellus

A Ellus nos apresentou seus "Heróis Urbanos", homens e mulheres que são da cidade, mas que mesmo assim gostam de poder escapar do caos urbano para poder descansar. Por isso nada mais coerente a passarela ser uma auto-estrada, com projeções ao fundo de faróis, e todo o ambiente de viagem.

Vimos muito preto, cinza, verde e tons de madeira, além de estampados vermelhos e amarelos, volumes ampliados e exagerados na parte de cima (grandes casacos e blusas volumosas), contrastando com a silhueta skinny nas calças. Tanto para homens, quanto para as mulheres.

O recado da coleção é que a Ellus quer vestir quem está entre o lazer e a aventura, ser prático é a intenção. Máxi com tudo: bolsas, malas, capuzes. Exagerar nas proporções nunca é demais. Comprimento mínimo é a pedida da temporada e a marca usa e abusa com sucesso.

A linda Letícia Birkheuer, excluisva da marca, deu um show a parte na passarela.


Cori


Na Cori, Alexandre Herchcovitch vai a Islândia trazer uma mulher vikyn, nórdica, mas muito sexy e elegante.

Acessórios como as correntes de madeiras, os cintos de amarração rústica e botas altas de couro dão o tom a peças de corte impecável.

Deste vestidos curtos e glamurizados pelo uso de peles ecológicas, até conjutos básicos e mais discretos - daqueles imprescindíveis a qualquer mulher -, passando pelo uso de peças mais joviais como os curtos de xadrez que fecham o desfile, Herchcovitch provavelmente atrairá um público mais jovem as lojas da Cori.

O preto, cinza, o branco e os tons de terra aparecem. É uma mulher chique, sem a menor dúvida.