morte, a minúscula
"...a vida é uma orquestra que sempre está tocando, afinada, desafinada, um paquete titanic que sempre se afunda e sempre volta à superfície..." ("As Intermitências da Morte", José Saramago, 2005)
Quando na manhã do dia 18 de junho li que José Saramago, 87 anos, havia morrido, como a cegueira branca de seu célebre livro, um sentimento de tristeza e perda me invadiu. A língua portuguesa perdia uma voz lírica, fatalista, mas de uma criatividade ímpar.
No mesmo dia passei a ler "As Intermitências da Morte", escrito por ele e publicado em 2005. Nas primeiras palavras, já somos pegos pelo inusitado. "No dia seguinte ninguém morreu". E acompanhamos o dia a dia desse povo em que a morte (sim, minúscula) resolveu faltar.
Terminei o livro ontem (mastigando cada palavra, cada pensamento). Hoje sei que não perdemos. Saramago permanece.
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Já li e recomendo "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" e "Ensaio sobre a Cegueira", ambos de José Saramago
5 comentários:
eu não indico ele a ninguém
não gosto mesmo...
eu quero ler "O Evangelho Segundo Jesus Cristo"
Um artista não morre, perdura na sua arte. E o maior preito a prestar a um escritor é ler a sua obra.
Salutas!
olá, coloquei seu blog nos meus links, espero que faça o mesmo www.docepop.com
Como sempre seu blog continua maravilhoso! Você é sempre muito inteligente! Adoro suas sacadas! Em breve você vai receber um convite meu enh? Vê se vai enh?!
Beijocas =**
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