SPFW 2007: Reinaldo Lourenço e UMA

Reinaldo Lourenço

Referências ao início do século XX inglês, silhueta e modelagens masculinas, rock e Mad Max (sim, o filme). Não, o desfile de abertura do SPFW 2007 não foi do estilista (e alfaiate) Ricardo Almeida. Para a abertura dessa temporada de moda de outono-inverno, o escalado foi Reinaldo Lourenço, que fez seu desfile às 11h de hoje no teatro da FAAP.

O zíper não é detalhe, e sim "A peça" dessa coleção, aparece várias vezes e com vários usos em diversos looks - servindo até como costura. O cinza é a grande cor da moda nessa estação (como se pôde constatar nas passarelas internacionais) e aqui ele também predomina, cercado de tons terra e o preto (que é ressaltado em calças justíssimas de couro, tipo segunda pele).

Um outono-inverno de "pernas de fora", mulheres elegantes em bostas de cano alto, vestidos curtos, ares urbanos e com um toque punk-rock (total Mad Max), o que não tira o romantismo de peças plissadas e com babados.

Na platéia, as estrelas Fernanda Torres e Débora Falabella e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab), entre outros.

UMA por Raquel Davidowicz

A UMA inaugurou a Bienal nessa temporada do SPFW. Comandada por Raquel Davidowicz, o desfile da grife aconteceu às 15h e apresentou confecções para mulheres e homens.

O cenário do desfile trouxe molduras vazadas penduras, dando um tom clássico e austero. Nas criações. cores sóbrias como o preto, o cinza, muito branco e pitadas de laranja e verde cobrem a coleção que para as mulheres se mostra mais ousada.

Peças com corte acompanhando a silhueta do corpo, "desestruturadas", modernas e as vezes andróginas. Nos looks femininos valoriza-se o corpo, fazendo uso de transparências, brincando com os comprimentos das saias, ora na altura do joelho, ora mais curtas.

Para os homens, roupas mais esportivas, calças de veludo, ternos comportados.

A grande sacada do desfile foi a dicotomia entre o moderno - que aparece no design das roupas -, com o clima criado pelo cenário do desfile. Uma aura futurista e, pode-se dizer, dadaísta.