14.3.07

O Prêmio da "Crítica Indepentende"?

Na última segunda-feira, dia 12, aconteceu no Cinesesc na Augusta, a entrega do 1º Prêmio Jairo Ferreira para os melhores do cinema 2006.

O prêmio foi criado em encontros em botecos da região da paulista durante a última Mostra de Cinema de São Paulo por críticos amigos de cinco revistas, virtuais e impressas, (Revista Paisá, Revista Virtual Cinética, Revista Virtual Contracampo, Revista Virtual Cinequanon e Revista Teorema) .
Ficou só uma dúvida quanto a categoria Melhor Lançamento em Cinema. Seria um prêmio para o filme que teve melhor campanha de marketing? mais público? mais burburinho da mídia? enfim....

Os premiados foram:

Melhor Longa Brasileiro - Serras da Desordem, de Andrea Tonacci

Melhor Lançamento em Cinema - Amantes Constantes, de Philippe Garrel (Imovision)

Melhor Lançamento em DVD
- Terra em Transe (Edição Restaurada), de Glauber Rocha (Versátil)

Melhor Mostra de Audiovisual
- Agnès Varda: O Movimento Perpétuo do Olhar (CCBB-SP, Odeon BR-RJ, CCBB-DF - curadoria e produção: Cristian Borges, Gabriela Campos, Ines Aisengart)


Guru e Cachorro (!)

Cena do filme "O guru e os guris"


Depois da distribuição dos prêmios ocorreu a exibição do curta "O guru e os guris" (1973) de Jairo Ferreira - cineasta que nomeia o prêmio -, que faz uma crítica ao cinema nacional, dentre outras coisas alegando: "100 filmes brasileiros são produzidos por ano, 10 ou 15 serão vistos" (coisa não muito diferente dos dias de hoje).

Também foi exibido em "premier" o novo filme de Beto Brant (mesmo diretor de "O Invasor") chamado "Cão sem dono". Baseado no livro ''Até o Dia em que o Cão Morreu'', escrito por Daniel Galera, o filme narra o cotidiano de um jovem por volta de seus 25 anos. Dividindo o apartamento com um cachorro que não considera ser o dono, mas "amigo". Desempregado, vivendo de bicos, introspectivo o jovem mantém uma relação amorosa-sexual com uma modelo que se descobre portadora de uma doença terminal.

Mais do que se referir ao cão que não tem dono oficial, o título e o filme em si apontam o vazio da vida do protagonista que não tem paradeiro, não tem refúgio, e quando encontra alguém ou algo que valha a pena lutar e/ou amar é tal qual um cachorro de rua descartado.

Poucas locações, personagens bastante introspectivos (excetuando o motoboy e sua esposa que rendem ótimas tiradas de humor), cortes excessivos que buscam finalizar etapas ou "capítulos" na narrativa, tiram ao meu ver o brilho do filme.

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