Bruna Surfistinha no cinema e o país patinando na cultura
Deu ontem na Folha Online, que o Diário Oficial da União aprovou na segunda-feira a captação de cerca de 4 milhões de reais em leis de incentivo do Ministério da Cultura para o filme baseado no livro “O Doce Veneno do Escorpião”, de Raquel Pacheco, a ex-garota de programa Bruna Surfistinha.
O longa tem argumento do cineasta Karim Aïnouz ("O Céu de Suely") e será dirigido por Marcus Baldini. As filmagens devem acontecer no início de 2008, ano que também será lançado.
Vale lembrar que o livro, que conta os detalhes da vida de prostituta de luxo e suas experiências sexuais, é um best seller para os padrões brasileiros, tendo vendido mais de 266 mil exemplares no país e em outros cantos do mundo.
Até aí a notícia é normal, até banal né? Mais um filme nacional, de uma “indústria” que vem se aquecendo desde a retomada, ou seja, desde o filme Central do Brasil, de Walter Sales.
Contudo o que preocupa é a fragilidade de tão indústria cinematográfica, restrita aos investimentos de meia dúzia de empresas privadas e públicas, e as leis de incentivo.
Pior ainda é quando se vê para onde o dinheiro público de leis como a Lei Rouanet (Lei Federal de Incentivo à Cultura) e a Lei do Audiovisual é destinado.
Os projetos agraciados são geralmente de produtores já conhecidos, restritos muitas vezes ao circuito Rio – São Paulo, ou projetos grandes. E o incentivo a cultura popular? Ao teatro, shows, artes ligadas a grandes concentrações de população?
Enfim, parabéns a Bruna Surfistinha pelo filme, que seja divertido, bem feito. Mas é assolador saber que só se investe no que é manjado ou “grande”.
Fica o desabafo...
O longa tem argumento do cineasta Karim Aïnouz ("O Céu de Suely") e será dirigido por Marcus Baldini. As filmagens devem acontecer no início de 2008, ano que também será lançado.
Vale lembrar que o livro, que conta os detalhes da vida de prostituta de luxo e suas experiências sexuais, é um best seller para os padrões brasileiros, tendo vendido mais de 266 mil exemplares no país e em outros cantos do mundo.
Até aí a notícia é normal, até banal né? Mais um filme nacional, de uma “indústria” que vem se aquecendo desde a retomada, ou seja, desde o filme Central do Brasil, de Walter Sales.
Contudo o que preocupa é a fragilidade de tão indústria cinematográfica, restrita aos investimentos de meia dúzia de empresas privadas e públicas, e as leis de incentivo.
Pior ainda é quando se vê para onde o dinheiro público de leis como a Lei Rouanet (Lei Federal de Incentivo à Cultura) e a Lei do Audiovisual é destinado.
Os projetos agraciados são geralmente de produtores já conhecidos, restritos muitas vezes ao circuito Rio – São Paulo, ou projetos grandes. E o incentivo a cultura popular? Ao teatro, shows, artes ligadas a grandes concentrações de população?
Enfim, parabéns a Bruna Surfistinha pelo filme, que seja divertido, bem feito. Mas é assolador saber que só se investe no que é manjado ou “grande”.
Fica o desabafo...
6 comentários:
é isso que eu chamo de sacanagem..
com certeza.. é péssimo!!
ei, nnao ganho link no teu blog, não? Só você no meu? Hunf!! Cadê o incentivo à cultura?
hehehehe
beijos
Ora aqui esta um blogue interessante. Tenho que voltar com mais atençao.
Abraço
Paulo
Portugal
Eu prefiro me abster de pensar nesses assunto... Chega uma hora que pensar dá problema e pane no cérebro. Tanto roteirista bom, e vão aprovar 4 milhões para uma história como essa? E pior que deve ser "pseudo poesia", o que é pior.
O problema do "para onde vai o $ das leis" tem muito a ver com o que o público quer ver. Principalmente em São Paulo, o 'legal' é ver espetáculo no Credicard Hall. Peça no Satyros, nem pensar. Programa de Bicho grilo (ainda usam esse termo? hehe)
Mas pertinente a menção ao eixo Rio-SP. Será que não somos culpados? Eu escolho sempre o Rio pra viajar, e nem me preocupo muito com o resto do país... Sou culpado, admito.
E aí, Adalberto, tudo bem?
"Zapeando" me encontrou, e eu, "Flainando", vim até aqui.
Obrigado pela visita e seja sempre bem vindo aos meus modestos blogs.
Não que eu não goste da moça, que é até bonitinha e tal e deve até trabalhar bem pelo know-how que esbanja, mas um filme com o nosso dinheiro?
Ai ai ai. Tanta coisa culturalmente boa precisando de incentivos e vão dar junto a esse projeto o nosso dinheiro. Sei lá. Não concordo não.
Aqui mesmo em Cuiabá, tem um interessante pólo de Cinema, com um festival já bastante consagrado e tal. Mereceria um prestígio como esse.
Linkado aos meus blogs, está o blog (um deles) do Ricardo Rayol chamado "Jus Indignatus" onde ele tece algumas interessantes considerações a esse respeito.Ele me mandou também a cópia do email que mandou aos nossos governantes sobre esse fato. Se interessar, encaminho o email.
Por hora, deixo um abraço e o convite para que visite meus blogs sempre que o desejar.
Foi um prazer conhecê-lo e parabéns pelo Zapping News.
Confesso que não conhecia, mas que de agora em diante fará parte das minhas visitas.
Até mais!
Cara! Tive que voltar.
Fui ler os comentários do meu blog e vi que o seu nome é Alberto e eu te chamei de Adalberto...
Desculpa aí a minha "toupeirice"...
Um abraço!
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