Johnny

Findo o Carnaval, essa orgia despudorada com data marcada todos os anos, voltemos à programação normal (?!). A minha folia este ano foi nas salas de cinema.

Meu Nome Não é Johnny (Brasil, 2008, 107 min, Drama)

Baseado em fatos reais e na obra homônima de Guilherme Fiúza, "Meu Nome Não É Johnny" conta, em uma estrutura permeada de flashbacks, a ascenção de João Guilherme Estrella de consumidor a fornecedor de drogas para a classe média alta carioca.

Inconseqüente, Johnny (um jovem bem nascido) torrou todo centavo ganhado com o tráfico em luxo e festas. Revendia e comprava entorpecentes, alheio aos assassinatos, brigas entre facções criminosas e outras barbáries relacionadas ao mundo dos narcóticos.

O longa-metragem dirigido por Mauro Lima é um sucesso retumbante de público. Também pudera, a narrativa é forte e o roteiro inteligente.

Os atores estão em excelentes atuações. Vale destacar Júlia Lemmertz, mãe de João Guilherme; Cássia Kiss, a juíza; Luis Miranda, companheiro de prisão - em cenas engraçadíssimas - e Eva Todor, como uma velhinha traficante.

Selton Mello é um intérprete com uma veia de comicidade e drama muito afiada. Nem seu sobrepeso e a péssima peruca usada conseguem diminuir o brilho de seu protagonista. Cléo Pires, que faz a Sofia, namorada do traficante, também tem um desempenho contundente.

"Meu nome Não é Johnny" é do tipo de filme que você ri e chora de uma cena para outra e vibra para saber o que vem a seguir.