17.1.07

Repercussão

A internet é algo fascinante não é mesmo? Quase democrática e quase acessível a todos, com toda a certeza a ferramenta comunicativa do presente e do futuro! Tudo bem, até aí nenhuma novidade.

Também não é novidade que a ferramenta Blog é cada vez mais usada, tanto para fins pessoais, como um canal para alguém contar suas atribulações, aflições e histórias, quanto para fins comerciais e profissionais.

Quando decidi voltar ao mundo dos blogs (pois já tive um cerca de 5 anos atrás, voltado para narrar meu dia-a-dia e coisas engraçadas), desta vez focando cultura e informação sabia que era um seara muito explorado atualmente, que existem milhões e milhões de sites desse tipo, deste aqueles com conteúdo sério e jornalístico, outros que fazem só deboche, muitos que se veiculam informações falsas e mentirosas, etc.

A minha intenção quando comecei o Zapping News foi desde sempre (como foi exposto no primeiro post) falar de assuntos, principalmente, culturais e dar notícias corretas e devidamente checadas, além de comentar sobre assuntos atuais.

Ótimo! Mas afinal para que um texto como esse falando tudo isso? Sem mais divagações e ponderações (óbvias?).

Fiquei muito surpreso com a repercusão que o post do dia 13/01 - "Ao vivo" - ganhou nos últimos dias. Sem dúvida feliz ao saber que pessoas fora do meu convívio se interessam pelo que escrevo, ou pelo menos lêem minhas palavras e comentam sobre. Contudo, muitas ofensas, principalmente de comentários anônimos não me entristeceram, mas provocaram indignação.

No post em questão eu comentei a cobertura da TV Record no sábado dia 13/01, um dia depois do acidente nas obras do metrô em São Paulo. (http://zappingnews.blogspot.com/2007/01/ao-vivo.html) Não tenho a menor intenção de ser o "dono da verdade", ou um "crítico de TV", mas tenho o direito (inclusive assegurado pela constituição de nossa pátria) de expressar minhas opiniões.

Disse no post que achei aquela cobertura "desgastante e aborrecida", um "tipo de cobertura que visa audiência e não interesse público(...)" e por mais "inexperiência em jornalismo" que eu tenha, pois sou um "simples estudante", mantenho enfaticamente minha opinião.

No sábado, dia 13/01, as informações sobre o incidente ainda eram escassas. Muitas perguntas sem respostas. Como tinha dito no post, o evento era (e ainda é) muito importante, uma catastrofe que vitimou muitas pessoas - entre pessoas falecidas, famílias desabrigadas, paulistanos sofrendo com o trânsito e medo de novos desabamentos, etc.

Mas naquele sábado, a Rede Record optou por suspender sua programação normal e ficar cobrindo ao vivo o ocorrido. E como foi a cobertura? Repetição constante de informações, repetição de imagens e vídeos produzidos sobre o fato, entrevistas com pessoas visivelmente abaladas com o acidente, que não tinham condições de se pronunciar, nem tinham muito o que dizer. Deixando claro que não se tinha nenhuma informação nova e relevante para ser transmitida.

Repito aqui: Isso é sinônimo de bom jornalismo? Não! Acredito que não. Tenho certeza que não!


Mas tudo bem, sou apenas um "estudante" não tenho o direito de opinar não é mesmo? Não posso discordar de críticas elogiosas de "órgãos consagrados".

Obrigado aos que me defenderam e obrigado também aos que fizeram críticas construtivas. Ofensas e palavras de baixo calão não me farão calar sobre as minhas opiniões.

O Zapping News segue em frente: comentando, opinando, informando sobre os assuntos que considerar pertinentes com a proposta do blog. Aos incomodados: o meu mais obsequioso SINTO MUITO!

10 comentários:

Anônimo,  17/1/07 16:42  

Você tem todo direito, Alberto. E quem usa ofensas acaba perdendo a razão, mesmo que eu concorde com muitas coisas escritas por eles. Mas minha opinião mantenho. Conheço diversos profissionais da TV Record e posso GARANTIR que sensacionalismo é o que eles querem fugir. Dizer que é sensacionalismo ou que não é jornalismo, na minha opinião, é inexperiência sim. Mas repito: minha opinião. Acho que o tema exigiu uma cobertura desse porte,mas não vou me alongar porque vimos já que as opniões são diferentes e devemos respeitá-las. Cada um tem a sua e o direito de expressá-la.

um gde abraço,

Alexandrina

Ps: eu sempro entro no seu blog

Anônimo,  17/1/07 16:53  

"inesperiência em jornalismo" ?

Alberto, por favor, inexperiência com "s" nãaaaaaaaaaaaao!!!!!

Até chequei os outros posts pra saber se era ironia a algum comentário.....

Assim eu tenho de concordar com a sua "inesperiência"

hehehe

abração

Anônimo,  17/1/07 17:06  

Desculpe. Eu que escrevi o post sobre o "inesperiência". Esqueci de mencionar meu nome. Eu sou o Fàbio e sou colega de redação da Alê (Alexandrina). Teu blog fez sucesso aqui, rapaz....MAs quem ofende não merece respeito não. Gosto do seu texto.

Aproveito pra dizer umas coisinhas.

Sobre o trecho:

"...E como foi a cobertura? Repetição constante de informações, repetição de imagens e vídeos produzidos sobre o fato, entrevistas com pessoas visivelmente abaladas com o acidente, que não tinham condições de se pronunciar, nem tinham muito o que dizer. Deixando claro que não se tinha nenhuma informação nova e relevante para ser transmitida."

Isso é um erro teu. Porque não é uma afirmação verdadeira. Foram entrevistados diversos profissionais especialistas no assunto, como, por exemplo, engenheiros e geólogos.

Acho que tem de tomar cuidado ao expressar sua opinião porque um bom jornalista, como você deve saber, tem de checar informações. E esse trecho do texto não é verdade. Desculpe, mas não é.

Anônimo,  17/1/07 17:16  

E olha o Fábio de novo, aqui. Alberto, a emissora decidiu ficar ao vivo lá. Podiam acontecer novos deslizamentos. Eu passei no local porque tinha um amigo cobrindo (e olha que ele é da Band). É uma forma de usar a mídia pra mostrar o tamanho da desgraça. E ela poderia ficar pior a qualquer momento. Não quero te convencer a mudar sua opinião, por favor, entenda. Mas a Record fez um puta trabalho. As "pessoas visivelmente abaladas com o acidente, que não tinham condições de se pronunciar" agradeceram demais o trabalho da emissora, que despertou a concorrência a fazer o mesmo, inclusive a GLobo. Se uma emissora faz isso, é interesse público sim. Mas respeito seu pensamento.

abraços

Anônimo,  17/1/07 18:20  

Prezado Alberto,

Entendo e respeito a sua crítica, embora discorde. A "chuva" de depoimentos no seu blog foi motivada pelo fato de profissionais do bom jornalismo, acredite, estarem envolvidos na cobertura. Quem conhece o trabalho das pessoas envolvidas, jamais diria algo desse tipo. Mas você pensa dessa maneira.
Sucesso pra você e seu blog!

Anônimo,  17/1/07 18:40  

A inveja é uma merda mesmo. E inexperiência não é com "s"...

Anônimo,  17/1/07 18:52  

"Ofensas e palavras de baixo calão não me farão calar" ?

O cara já tá se achando o crítico....hahahahaha

O blog só tá acessado assim pq pessoas da mesma editora resolveram comentar.

E não esqueçam de acompanhar a brilhante entrevista do conceituado Alberto Pereira Jr (que escreve inexperiência com "s") no Canal Universitário!

Até eu que não sou jornalista sabia essa....

Anônimo,  17/1/07 19:48  

Concordo com o cansativo e desgastante, mas não atribuo à cobertura essas palavras. O assunto está realmente enchendo o saco. Mas a imprensa deve ficar lá sim. Enquanto tiver vítimas, enquanto casas ainda puderem desabar, a imprensa tem de estar lá e que ótimo que as emissoras coloquem seus profissionais cobrindo ao vivo. Que eu não aguento mais ouvir falar disso, é um fato. E nisso eu tô contigo, Alberto! Mas o jornalista deve estar lá e se está ao vivo, acho ponto pro jornalismo.

Anônimo,  17/1/07 21:18  

Retirei de um site e fiz questão de passar por aqui. Quem será que está errado? ALberto ou os grandes jornalistas do País?

16/01 - crítica


"Na TV no domingo | A supremacia da Record na cratera de Pinheiros 12:01 "Julio, Os números da prévia da audiência do domingo, que revelaram a supremacia da Rede Record sobre a Globo na cobertura da cratera de Pinheiros, representam mais que uma simples guerra de Ibope. Definitivamente a Globo esqueceu o que é jornalismo e perdeu a mao sobre a pauta, sobre o que cobrir. Preferiu o entretenimento fútil a apreensao da sociedade diante da iminência de uma van ser içada do caos com sobreviventes ou corpos dentro. A Record fez um jornalismo quase perfeito, e vale registrar que se confundiu um pouco com o boato dos 4 corpos retirados, mas sua cobertura ágil lembrou a escola de jornalismo do rádio paulistano, que a Globo fez questao de esquecer. Cito o rádio e me lembro do que seu Tuta, dono da Jovem Pan, sempre dizia nos corredores da rádio quando eu trabalhava lá (e acredito que ainda diga) - os programas da rádio somente ocupam um espaço enquanto nao acontece nada de urgente na cidade e quando acontecer, saem todos do ar e entra a cobertura, pq é isso que o rádio faz".

Anônimo,  17/1/07 21:25  

De acordo com o texto do Alberto, "foi tipo de cobertura que visa audiência e não interesse público(...)"

A crítica disse:

"A apreensao da sociedade diante da iminência de uma van ser içada do caos com sobreviventes ou corpos dentro".

É por essas e outras que o diploma de jornalismo é discutível.

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