Repercussão
A internet é algo fascinante não é mesmo? Quase democrática e quase acessível a todos, com toda a certeza a ferramenta comunicativa do presente e do futuro! Tudo bem, até aí nenhuma novidade.
Também não é novidade que a ferramenta Blog é cada vez mais usada, tanto para fins pessoais, como um canal para alguém contar suas atribulações, aflições e histórias, quanto para fins comerciais e profissionais.
Quando decidi voltar ao mundo dos blogs (pois já tive um cerca de 5 anos atrás, voltado para narrar meu dia-a-dia e coisas engraçadas), desta vez focando cultura e informação sabia que era um seara muito explorado atualmente, que existem milhões e milhões de sites desse tipo, deste aqueles com conteúdo sério e jornalístico, outros que fazem só deboche, muitos que se veiculam informações falsas e mentirosas, etc.
A minha intenção quando comecei o Zapping News foi desde sempre (como foi exposto no primeiro post) falar de assuntos, principalmente, culturais e dar notícias corretas e devidamente checadas, além de comentar sobre assuntos atuais.
Ótimo! Mas afinal para que um texto como esse falando tudo isso? Sem mais divagações e ponderações (óbvias?).
Fiquei muito surpreso com a repercusão que o post do dia 13/01 - "Ao vivo" - ganhou nos últimos dias. Sem dúvida feliz ao saber que pessoas fora do meu convívio se interessam pelo que escrevo, ou pelo menos lêem minhas palavras e comentam sobre. Contudo, muitas ofensas, principalmente de comentários anônimos não me entristeceram, mas provocaram indignação.
No post em questão eu comentei a cobertura da TV Record no sábado dia 13/01, um dia depois do acidente nas obras do metrô em São Paulo. (http://zappingnews.blogspot.com/2007/01/ao-vivo.html) Não tenho a menor intenção de ser o "dono da verdade", ou um "crítico de TV", mas tenho o direito (inclusive assegurado pela constituição de nossa pátria) de expressar minhas opiniões.
Disse no post que achei aquela cobertura "desgastante e aborrecida", um "tipo de cobertura que visa audiência e não interesse público(...)" e por mais "inexperiência em jornalismo" que eu tenha, pois sou um "simples estudante", mantenho enfaticamente minha opinião.
No sábado, dia 13/01, as informações sobre o incidente ainda eram escassas. Muitas perguntas sem respostas. Como tinha dito no post, o evento era (e ainda é) muito importante, uma catastrofe que vitimou muitas pessoas - entre pessoas falecidas, famílias desabrigadas, paulistanos sofrendo com o trânsito e medo de novos desabamentos, etc.
Mas naquele sábado, a Rede Record optou por suspender sua programação normal e ficar cobrindo ao vivo o ocorrido. E como foi a cobertura? Repetição constante de informações, repetição de imagens e vídeos produzidos sobre o fato, entrevistas com pessoas visivelmente abaladas com o acidente, que não tinham condições de se pronunciar, nem tinham muito o que dizer. Deixando claro que não se tinha nenhuma informação nova e relevante para ser transmitida.
Repito aqui: Isso é sinônimo de bom jornalismo? Não! Acredito que não. Tenho certeza que não!
Mas tudo bem, sou apenas um "estudante" não tenho o direito de opinar não é mesmo? Não posso discordar de críticas elogiosas de "órgãos consagrados".
Obrigado aos que me defenderam e obrigado também aos que fizeram críticas construtivas. Ofensas e palavras de baixo calão não me farão calar sobre as minhas opiniões.
O Zapping News segue em frente: comentando, opinando, informando sobre os assuntos que considerar pertinentes com a proposta do blog. Aos incomodados: o meu mais obsequioso SINTO MUITO!
10 comentários:
Você tem todo direito, Alberto. E quem usa ofensas acaba perdendo a razão, mesmo que eu concorde com muitas coisas escritas por eles. Mas minha opinião mantenho. Conheço diversos profissionais da TV Record e posso GARANTIR que sensacionalismo é o que eles querem fugir. Dizer que é sensacionalismo ou que não é jornalismo, na minha opinião, é inexperiência sim. Mas repito: minha opinião. Acho que o tema exigiu uma cobertura desse porte,mas não vou me alongar porque vimos já que as opniões são diferentes e devemos respeitá-las. Cada um tem a sua e o direito de expressá-la.
um gde abraço,
Alexandrina
Ps: eu sempro entro no seu blog
"inesperiência em jornalismo" ?
Alberto, por favor, inexperiência com "s" nãaaaaaaaaaaaao!!!!!
Até chequei os outros posts pra saber se era ironia a algum comentário.....
Assim eu tenho de concordar com a sua "inesperiência"
hehehe
abração
Desculpe. Eu que escrevi o post sobre o "inesperiência". Esqueci de mencionar meu nome. Eu sou o Fàbio e sou colega de redação da Alê (Alexandrina). Teu blog fez sucesso aqui, rapaz....MAs quem ofende não merece respeito não. Gosto do seu texto.
Aproveito pra dizer umas coisinhas.
Sobre o trecho:
"...E como foi a cobertura? Repetição constante de informações, repetição de imagens e vídeos produzidos sobre o fato, entrevistas com pessoas visivelmente abaladas com o acidente, que não tinham condições de se pronunciar, nem tinham muito o que dizer. Deixando claro que não se tinha nenhuma informação nova e relevante para ser transmitida."
Isso é um erro teu. Porque não é uma afirmação verdadeira. Foram entrevistados diversos profissionais especialistas no assunto, como, por exemplo, engenheiros e geólogos.
Acho que tem de tomar cuidado ao expressar sua opinião porque um bom jornalista, como você deve saber, tem de checar informações. E esse trecho do texto não é verdade. Desculpe, mas não é.
E olha o Fábio de novo, aqui. Alberto, a emissora decidiu ficar ao vivo lá. Podiam acontecer novos deslizamentos. Eu passei no local porque tinha um amigo cobrindo (e olha que ele é da Band). É uma forma de usar a mídia pra mostrar o tamanho da desgraça. E ela poderia ficar pior a qualquer momento. Não quero te convencer a mudar sua opinião, por favor, entenda. Mas a Record fez um puta trabalho. As "pessoas visivelmente abaladas com o acidente, que não tinham condições de se pronunciar" agradeceram demais o trabalho da emissora, que despertou a concorrência a fazer o mesmo, inclusive a GLobo. Se uma emissora faz isso, é interesse público sim. Mas respeito seu pensamento.
abraços
Prezado Alberto,
Entendo e respeito a sua crítica, embora discorde. A "chuva" de depoimentos no seu blog foi motivada pelo fato de profissionais do bom jornalismo, acredite, estarem envolvidos na cobertura. Quem conhece o trabalho das pessoas envolvidas, jamais diria algo desse tipo. Mas você pensa dessa maneira.
Sucesso pra você e seu blog!
A inveja é uma merda mesmo. E inexperiência não é com "s"...
"Ofensas e palavras de baixo calão não me farão calar" ?
O cara já tá se achando o crítico....hahahahaha
O blog só tá acessado assim pq pessoas da mesma editora resolveram comentar.
E não esqueçam de acompanhar a brilhante entrevista do conceituado Alberto Pereira Jr (que escreve inexperiência com "s") no Canal Universitário!
Até eu que não sou jornalista sabia essa....
Concordo com o cansativo e desgastante, mas não atribuo à cobertura essas palavras. O assunto está realmente enchendo o saco. Mas a imprensa deve ficar lá sim. Enquanto tiver vítimas, enquanto casas ainda puderem desabar, a imprensa tem de estar lá e que ótimo que as emissoras coloquem seus profissionais cobrindo ao vivo. Que eu não aguento mais ouvir falar disso, é um fato. E nisso eu tô contigo, Alberto! Mas o jornalista deve estar lá e se está ao vivo, acho ponto pro jornalismo.
Retirei de um site e fiz questão de passar por aqui. Quem será que está errado? ALberto ou os grandes jornalistas do País?
16/01 - crítica
"Na TV no domingo | A supremacia da Record na cratera de Pinheiros 12:01 "Julio, Os números da prévia da audiência do domingo, que revelaram a supremacia da Rede Record sobre a Globo na cobertura da cratera de Pinheiros, representam mais que uma simples guerra de Ibope. Definitivamente a Globo esqueceu o que é jornalismo e perdeu a mao sobre a pauta, sobre o que cobrir. Preferiu o entretenimento fútil a apreensao da sociedade diante da iminência de uma van ser içada do caos com sobreviventes ou corpos dentro. A Record fez um jornalismo quase perfeito, e vale registrar que se confundiu um pouco com o boato dos 4 corpos retirados, mas sua cobertura ágil lembrou a escola de jornalismo do rádio paulistano, que a Globo fez questao de esquecer. Cito o rádio e me lembro do que seu Tuta, dono da Jovem Pan, sempre dizia nos corredores da rádio quando eu trabalhava lá (e acredito que ainda diga) - os programas da rádio somente ocupam um espaço enquanto nao acontece nada de urgente na cidade e quando acontecer, saem todos do ar e entra a cobertura, pq é isso que o rádio faz".
De acordo com o texto do Alberto, "foi tipo de cobertura que visa audiência e não interesse público(...)"
A crítica disse:
"A apreensao da sociedade diante da iminência de uma van ser içada do caos com sobreviventes ou corpos dentro".
É por essas e outras que o diploma de jornalismo é discutível.
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