6.9.08

Cantando o amor nas ruas de Paris

"Canções de Amor" (Les Chansons d'Amour, França, 2007, 100 min., Drama/Musical)

A música dá o tom à saga do jornalista Ismael (Louis Garrel) em "Canções de Amor", que estreou na sexta em São Paulo. No filme de Christophe Honoré, voltamos a uma Paris de enamorados e desconsolados, como em sua película "Em Paris" (2006) --leia post aqui.

Já no longa anterior, Honoré explorou a música, mas dessa vez, ela é não mero detalhe. Protagonista da história, as canções ambientam e traduzem sentimentos.

Dividido em três atos --"Partida", "Ausência" e "A Volta"-- "Canções de Amor" mostra o conflito amoroso de seu protagonista Ismael. Namorado de Julie (Ludivine Sagnier), ele vive um ménage à trois com Alice (Clothilde Hesme). O ciúmes e o desejo da relação são fatalmente atropelados por uma tragédia. E a partir daí, o jornalista terá de reconstruir sua vida.

Surge o jovem bretão Erwann (Grégoire Leprince-Ringuet). Apaixonado pelo apaixonante Ismael, o rapaz agarra esse sentimento com unhas e dentes. Persistente, saberá que tudo valeu a pena.

"Canções de Amor" é um musical, mas não no sentido tradicional do termo. Sussuradas em francês, as músicas ganham uma verdade e beleza triste, que penetra na pele.
Ao contrário de "Em Paris", a emoção da película não arrebata logo de cara. O final inesperado choca e pode gerar certo desconforto. Contudo, faz o espectador guardar as cenas na memória e, depois de digeri-las, aplaudir o novo. O belo.

5 comentários:

Rhaoni 6/9/08 14:44  

Hummm... Parece ser muito bom, adoro filmes do festial de Cannes, todos que assisti foram muito bons!

Vou procurar alugar.
Nao sei se está nos cinemas daqui.

Beijao

Lorena Portela 6/9/08 22:03  

eu quero muito esse filme, quero o garrel tb.


e sorte demais no show da madonninha.

beijo!

Marcos Freitas 6/9/08 22:28  

Comecei fazer fracês semana passada, irei ver esse musical, parece ser ótimo.

Marina Gurgel 7/9/08 17:29  

Se apaixonar em Paris é foda. É um clichê, e irrita e é perfeito. E depois, na hora de ir, o coração se parte em dobro, por deixar a cidade e o homem. Nunca mais quero me apaixonar.

Mi do Carmo 8/9/08 15:37  

eu fiquei umas três semanas enchendo os olhos de lágrimas toda vez que eu pensava nesse filme. de uma sensibilidade e elegãncia francesa ímpar.

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